Dia Internacional da Juventude: uma data para celebrar as “juventudes” do nosso país

Foi comemorado nesta semana, no dia 12 de Agosto, o Dia Internacional da Juventude. A data, instituída em 1999 pela Assembleia Geral da ONU como resultado da Conferência Mundial dos Ministros Responsáveis pelos Jovens, é uma importante ocasião para dar visibilidade aos problemas enfrentados por jovens em todo mundo e para estimular toda a sociedade a se engajar pela construção de um futuro melhor para esses jovens. No Brasil, o número de pessoas consideradas jovens é o maior já registrado: são 51 milhões de brasileiros e brasileiras com idades entre 15 e 29 anos.

“A data é uma espécie de pretexto político-pedagógico que nos ajuda a mobilizar mais pessoas para se sensibilizarem sobre o tema, sobre os medos, desejos e sonhos das juventudes”, diz o jornalista e diretor da Revista Viração, Paulo Lima. Ao falar “juventudes, Paulo chama a atenção para a necessidade de levar em consideração a diversidade da juventude brasileira, como, por exemplo, a juventude de origem afrobrasileira, para a qual um dos maiores problemas tem sido a mortalidade juvenil, e a juventude rural, que vivencia problemas diferentes dos jovens que vivem em grandes centros urbanos.

Estatuto da juventude – Apesar de os problemas enfrentados pelas juventudes ainda serem muitos, há diversas as conquistas alcançadas nos últimos anos. No Brasil, a celebração do Dia Internacional da Juventude vai ter um sabor de vitória com a recente aprovação do Estatuto da Juventude. “Foram décadas e décadas de mobilização e muita articulação e pressão política para chegar a isso”, diz Paulo.

A aprovação do Estatuto é apenas uma das conquistas da atuação dos jovens no Brasil. Uma atuação que tem encontrado novas formas de fortalecer suas causas. O diretor da Revista Viração aponta essa apropriação das novas tecnologias, de forma crítica, inovadora e propositiva, como um dos marcos do protagonismo juvenil no Brasil. “O uso das redes sociais tem contribuído para sensibilizar mais pessoas acerca dos direitos juvenis ou dos direitos humanos”.

Ele ainda destaca que outro marco importante, referência para outros países, é o fato da participação juvenil no Brasil estar se tornando mais do que um conceito, uma prática sempre mais presente na concepção de políticas públicas nos mais variados setores sociais.

“Concretamente estamos vendo se multiplicar o número de coordenadores ou mesmo secretarias de juventude em níveis municipal e estadual. Sem falar dessa prática reconhecida que é o Conselho Nacional da Juventude, que representa uma grande conquista em termos de governança federal e participação juvenil”, diz Paulo.

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