Crianças fotografam bloco de Carnaval do Camará
Além de se divertir, os meninos receberam câmeras fotográficas e, orientados pela fotógrafa Francis Oliveira, registraram toda a mobilização pelos direitos da infância.
Para mostrar a importância do lúdico na infância, o Camará também distribuiu na avenida brinquedos confeccionados pelas próprias crianças em oficinas realizadas pela instituição.
O desfile reuniu cerca de 600 pessoas na orla da praia com o enredo “Pra lá do fim do mundo, um canto à liberdade”. Participaram do evento diversos setores da sociedade, com alas com diferentes temas como: doação de órgãos, luta antimanicomial e contra a medicação em excesso, e a brincadeira como forma de educação. “O bloco faz coro com os loucos e profetas que acreditam no fim desse mundo de exploração infantil”, diz João Carlos Guilhermino da Franca, coordenador geral do Camará. “O tempo da delicadeza deve prevalecer sobre o tempo da dureza e da violência”.
A festa contou com a presença de instituições como o Centro Educacional e Recreativo de São Vicente, o Conselho Regional de Psicologia (CRP- Sub-sede Baixada Santista); o grupo Anca Capoeira, da baixada santista, e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Vicente.
Origem do EURECA
A idéia do Carnaval Eureca surgiu em 1991, em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, quando o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua decidiu ocupar o espaço público para mostrar e dar voz às crianças e adolescentes que vivem e trabalham nas ruas, um ano depois do grupo consolidar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A partir de 2006, o bloco começou a se apresentar também em São Vicente, por meio da parceria do Camará com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e a rede de proteção social, contando, hoje com a participação ativa de entidades de outras cidades do litoral. Além de São Bernardo e São Vicente, hoje participam do evento também Campinas e Guarulhos.