Segurança na Internet: Como ter esse papo com os adolescentes?

Os adolescentes de hoje já nasceram na era digital. Mas o fato deles se relacionarem com a tecnologia “desde sempre” não elimina a necessidade de se criar um ambiente em que seja estimuladas experiencias positivas e seguras sobre as diversas formas de violências que a internet pode promover. A troca de mensagens via aplicativos ou redes sociais teve um grande crescimento durante a pandemia. Com o sexting – envio de imagens, vídeos e/ou mensagens de teor sexual – não foi diferente.

Mas, quanto mais esse tipo de relação é popularizado, mais espaço é criado para os perigos do ambiente on-line. Cyberbullying, aliciamento virtual, acesso a pornografia destinada ao público adulto são alguns dos perigos aos quais crianças e adolescentes estão expostos.

Muitas vezes, ao saber que um adolescente está praticando sexting ou tendo conversas de teor sexual com algum desconhecido, pais e responsáveis tendem a ter como primeira reação a punição ou a proibição do uso de redes sociais e da internet. Mas, nessas situações, o diálogo e o conhecimento dos riscos da vida virtual são alternativas melhores para acolher, ensinar e orientar os adolescentes sobre a importância da não exposição excessiva nas redes sociais e em outros ambientes on-line.

E como abordar o tema?

A maioria dos adolescentes e jovens desconhecem o significado desta palavra – Sexting – é a junção da palavra Sex (“sexo”) mais a palavra Texting (“mensagem”). Antes de tudo, é muito importante entender que o sexting entre adolescentes e adultos é considerado um crime, mesmo que a troca de mensagens seja consensual, o mesmo vale para o compartilhamento de imagens sem consentimentol. Por isso, deixe bem nítido que ambas as partes – vítima e agressor – estão expostas.

Após expor e orientar para que o adolescente possa reconhecer situações de riscos, deve saber minimente o que fazer para não sofrer mais, caso isso já tenha ocorrido. Aponte também as soluções. Converse sobre a conduta adequada na utilização dessas tecnologias – não enviar imagens íntimas e não revelar o endereço a desconhecidos, por exemplo. Além disso, esteja sempre à disposição, tanto para conversar sobre o assunto, quanto para orientar sobre a utilização desses equipamentos e também, caso algo aconteça, como realizar a denúncia. É essa conversa franca que vai ajudar na proteção dos adolescentes em situações de violência sexual.

E caso algum conteúdo tenha sido vazado ou repassado na internet, sempre deixe claro que a culpa é de quem compartilhou , não as vítimas. Mostrar compaixão e apoio é essencial em um momento de violação de privacidade. E reforce a necessidade de denúncia nos canais apropriados , como o Disque 100, safernet.org.br, Conselho Tutelar do seu município.

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