Presidente da SaferNet acredita que a união de gigantes da internet é um grande avanço no enfrentamento a pornografia infantil online
Para Thiago Tavares, presidente da SaferNet, essa união representa um grande avanço no combate da exploração sexual de crianças e adolescentes na internet, tanto do ponto de vista institucional, quanto técnico.
A IWF, entidade britânica sem fins lucrativos desenvolveu uma tecnologia que adiciona linhas de códigos especiais às imagens criminosas descobertas, funcionando como se fossem uma impressão digital. Esses códigos são chamados de “hashes”, e a IWF já tem uma lista considerável deles, que foram entregues às gigantes tecnológicas para que cada uma aplique a tecnologia em seus serviços, reduzindo a quantidade de pornografia infantil em toda a web.
O presidente da SaferNet comenta que “ é uma evolução, que vai além do plano institucional, em razão do papel que essas empresas desempenham no mercado, a partir disso podemos esperar uma tendência de maior envolvimento de outras empresas. Mas é também um avanço do ponto de vista técnico, pois a partir do momento que passam a desenvolver tecnologia em conjunto, elas podem ajudar no combate quase efetivo na rede, especialmente na propagação dessas imagens, pois os mecanismos de filtros desenvolvidos para barrar esse conteúdo impedirá que seja compartilhado na rede.”
A tendência é que seja cada vez mais difícil publicar conteúdos inadequados, e quando publicado, seja apagado rapidamente. “É indispensável desenvolver novas tecnologias de detecção e remoção de conteúdo relacionado ao abuso sexual de crianças e adolescentes”, destaca Thiago.
O presidente da SaferNet, uma parceira da Childhood Brasil, afirma ainda que são inúmeras pontas a unir e que essa ação por si só não conseguirá inibir totalmente a ação de pessoas nesse tipo de crime na rede.
“ Historicamente há um aumento no número de casos relacionados à pornografia infantil na rede, são muitas novas páginas que surgem a todo instante. Infelizmente, a tendência é que esse crime migre pra outras plataformas. Diante disso, torna-se imprescindível o envolvimento do Estado, da Polícia e do Ministério Público, além das denúncias dos usuários, finaliza Thiago Tavares.